terça-feira, 30 de novembro de 2010

O velho Carvalho




Estou aqui, sentada, a esperar,à sombra de um velho carvalho que já sem forças dá suas últimas folhas da estação, quem sabe as últimas de sua vida.
Quantas pessoas será que passaram por aqui, sentaram, esperaram?
Quantas nem repararam na beleza que há aqui, quantas outras nem conseguiram ir embora?
Nem sei. Fico imaginando um casal apaixonado que se encontrava escondido aqui, como naqueles filmes românticos, tudo tão simples e tão perigoso.
Desde que sentei aqui, algo me invadiu, uma nostalgia gostosa, lembranças de coisas que nunca vi e nunca fiz.
As vezes me vejo como esse carvalho velho, sozinho no alto de um morro, exposto ao sol, à chuva, ao vento e tempestades. Como é difícil viver nesse mundo tão louco e injusto.
Mas agente aguenta, como o velho carvalho que de tanto se segurar está torto na direção do vento sul que sopra o dia inteiro.
Ele se adaptou, ao ambiente ao seu redor, sozinho, velho, fraco. Mas está ali preso ao chão que lhe sustenta.
Serei como esse velho carvalho, sozinha, mas forte, aguentarei tudo que puder, as dores, as tristezas, me curvarei ao vento que mais forte que eu me obriga a me adaptar, serei forte o suficiente pra não desistir de nada na vida.
Mas não ficarei presa a esse chão que me sustenta. Voarei alto, até onde o infinito existir, o céu não é o limite. O limite está onde agente pensa que está. E meu limite é o infinito!
Bárbara Côrtes

Um comentário:

Live Your Dreams disse...

Olá Barbara.. belo poema

Gostei do seu blogger... Tchau o/